DEFUMAÇÃO

Texto escrito por Sociedade Espiritualista Mata Virgem

A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda. É também uma das coisas que mais chamam a atenção de quem vai pela primeira vez assistir a um trabalho. Em geral a defumação na Umbanda é sempre acompanhada de pontos cantados específicos para defumação. Histórico Sobre a Defumação. Desde os tempos imemoriais, dos homens das cavernas, que a queima de ervas e resinas é atribuída à possibilidade da modificação ambiental, através da defumação. Na Umbanda, como em outras religiões, seitas e dogmas, também nos usamos desse expediente, que tem a função principal limpar e equilibrar o ambiente de trabalho de acordo com a necessidade. Há 4.000 anos, existia uma rota de comércio onde se cruzavam as culturas mais antigas do Mediterrâneo e África. E foi bem no meio desta rota que nasceu a maior civilização desta época: “O Egito” A antiga civilização do Egito era devotada em direcionar os sentidos ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. As fragrâncias dos óleos eram usadas como perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a construção nos rituais. Isto confirma que no Egito se utilizava o incenso desde os tempos antigos. Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram em terras distantes, incenso, sândalo, mirra e canela. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos. Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos. Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o kyphi, que se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar a ansiedade e iluminar os sonhos. Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar. Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também, madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo entre outras que eram oferecidas às divindades.

O Que é a Defumação?
Ao queimarmos as ervas, liberamos em alguns minutos de defumação todo o poder energético aglutinado em meses ou anos absorvido do solo da Terra, da energia dos raios de sol, da lua, do ar, além dos próprios elementos constitutivos das ervas. Deste modo, projeta-se uma força capaz de desagregar miasmas astrais que dominam a maioria dos ambientes humanos, produto da baixa qualidade de pensamentos e desejos, como raiva, vingança, inveja, orgulho, mágoa, etc.Existem, para cada objetivo que se tem ao fazer-se uma defumação, diferentes tipos de ervas, que associadas, permitem energizar e harmonizar pessoas e ambientes, pois ao queimá-las, produzem reações agradáveis ou desagradáveis no mundo invisível. Há vegetais cujas auras são agressivas, repulsivas, picantes ou corrosivas, que põem em fuga alguns desencarnados de vibração inferior. Os antigos Magos, graças ao seu conhecimento e experiência incomuns
, sabiam combinar certas ervas de emanações tão poderosas, que traçavam barreiras intransponíveis aos espíritos intrusos ou que tencionavam turbar-lhes o trabalho de magia. Apesar das ervas servirem de barreiras fluídico-magnéticas pra os espíritos inferiores, seu poder é temporário, pois os irmãos do plano astral de baixa vibração são atraídos novamente por nossos pensamentos e atos turvos, que nos deixam na mesma faixa vibratória inferior (Lei de Afinidades). Portanto, vigilância quanto ao nível dos pensamentos e atos. Existem dois tipos de defumação; a defumação de descarrego e defumação lustral. Defumação de descarrego Certas cargas pesadas se agregam ao nosso corpo astral durante nossa vivência cotidiana, ou seja, pensamentos e ambientes de vibração pesada, rancores, invejas, preocupações, etc. Tudo isso produz (ou atrai) certas formas-pensamento que se aderem à nossa aura e ao nosso corpo astral, bloqueando sutis comunicações e transmissões energéticas entre os ditos corpos. Além disso, os lares e os locais de trabalho podem ser alvos de espíritos atrasados, que penetram nesses ambientes e espalham fluídos negativos. Para afastar definitivamente estas entidades do nosso convívio, teremos primeiro que mudar em atos, gestos e pensamento, afastando de nossas mentes aquela corrente que nos liga a estes seres. A defumação serve para afastar seres do baixo astral, e dissipar larvas astrais que impregnam um ambiente, tornando-o pesado e de difícil convivência para as pessoas que nele habitam. Pois bem, a defumação tem o poder de desagregar estas cargas, através dos elementos que a compõe, pois interpenetra os campos astral, mental e a aura, tornando-os novamente “libertos” de tal peso para produzirem seu funcionamento normal. E por esse motivo, Deus entregou a Ossãe as ervas que, seriam usadas para destruir tais fluídos e afastar estes espíritos. Comece varrendo o lar ou o local de trabalho, e acendendo uma vela para o seu anjo de guarda. Depois, levando em uma das mãos um copo com água, comece a defumar o local da porta dos fundos para a porta da rua.


Defumação Lustral

Além de afastar alguns resquícios que por ventura tenham ficado depois da defumação de descarrego, ela atrai para estes ambientes, correntes positivas dos Orixás, Caboclos, e Pretos Velhos, que se encarregarão de abrir seus caminhos. Acenda uma vela para o seu anjo de guarda. Levando um copo com água, comece a defumar sua casa ou o seu local de trabalho, da porta da rua para dentro. Não esqueça que a defumação lustral deverá ser feita depois do descarrego. Ervas e Funções:
Abacate: Amor purificação, saúde, felicidade.
Abre Caminho: Abre os caminhos, atraindo bons fluidos dando força e liderança.

Acácia: Proteção, contra pesadelos e proteção do sono.
Açafrão: Purificação, saúde, felicidade.
Agrimônia: Dissolução de influências negativas e proteção
Alecrim: Defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias. Afasta maus espíritos e ladrões. Felicidade, cura, proteção, purificação e justiça. Ajuda na recuperação e no tratamento de doenças. Atrai a falange dos Caboclos. Proteção na área profissional. Estimulante para concentração, adivinhação, memória e estudos.
Alfafa: Prosperidade, dinheiro, felicidade.
Alfazema: Limpa o ambiente e atrai prosperidade e bons negócios, bem como pessoas amigas. Acalma, purifica e traz o entendimento, equilíbrio e harmonia. Amor, sorte e proteção espiritual em todos os aspectos. Favorece a clarividência.
Almíscar: Afrodisíaco, amor.
Amêndoas: Dinheiro, prosperidade, sabedoria.
Amora: Saúde, dinheiro, proteção.
Angélica: Proteção, purificação, saúde, clarividência.
Anis Estrelado: Propicia boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo. Adivinhação, purificação, sorte, amor. Atua tanto no nível material quanto no emocional, produzindo estímulo de natureza positiva. Renova as energias e atrai proteção espiritual contra qualquer mal.

Arnica: Clarividência
Arroz: Fertilidade.
Arruda: Defende dos males, remove o efeito de feitiços, corta correntes negativas. Intensifica a força de vontade auxiliando a pessoa que a usa a realizar seus desejos. Proteção.
Assa-Fétida: Exorcismo, proteção.
Babosa: Proteção, sorte e amor.
Barbatimão: Espiritualidade, purificação.
Bardana: Saúde, proteção.
Baunilha: Amor, sedução.
Beladona: Limpeza de ambientes.
Benjoim: Elimina bloqueios espirituais Atrai energias positivas e combate energias negativas. Purifica o ambiente. Harmoniza nosso raciocínio e diminui a nossa agressividade. Destrói as larvas astrais. Elimina bloqueios espirituais. Para pedidos de ajuda a deus.

Calêndula: Proteção, solução de problemas,
Camélia: Prosperidade, riqueza.
Camomila: Dinheiro, amor, purificação.
Canela: Atrai prosperidade. Favorece os negócios, bens materiais, amor, sucesso.
Cânfora: Desenvolvimento psíquico, clarividência, saúde.
Cardamomo: Sedução, amor
Cardo Santo: Cura, defesa, quebra olho gordo.
Carvalho: Fertilidade
Cascara Sagrada: Problemas com a justiça. Dinheiro e proteção.
Cavalinha: Fertilidade.
Cebola: Proteção, saúde, dinheiro.
Cipó: Caboclo Elimina todas as larvas astrais do ambiente.
Cipreste: Longevidade, saúde.
Colônia: Atrai fluidos benéficos.
Cravo da Índia: Protege de pessoas mal intencionadas, pensamentos negativos subconscientes. É uma das mais poderosas defumações protetoras. Chama dinheiro e dá força á defumação.
Dama da Noite: É o incenso do amor. Ajuda a encontrar pessoas com a mesma afinidade.
Erva Cidreira: Sucesso, amor.
Erva Doce: Proteção.
Esterco de Vaca: Para espantar Eguns.

Eucalipto: Limpeza, energização, cura, saúde, proteção. Atrai a corrente de Oxossi.
Figueira: Clarividência, fertilidade
Flor de Laranjeira: Afasta o pânico. Aumenta a segurança e autoconfiança em assuntos emocionais e financeiros.
Flor de Maçã: Calmante.
Flor de Pitanga: Atua poderosamente na área financeira. Direciona aquisições materiais e negociações com êxito.
Folha de Bambu: Afasta espíritos vampiros
.
Freixo: Adivinhação, cura, proteção, prosperidade.
Gengibre: Dinheiro e sucesso.
Gerânio: Força e vitalidade, calmante e harmonizante. Alivia tensão nervosa.
Ginseng: Amor, realização de desejos, beleza, saúde, proteção e poder.
Girassol Fertilidade.
Guiné: Atua como um poderoso escudo mágico contra malefícios.
Hortelã: Bom para problemas de saúde e equilíbrio emocional. Estimula apetite.
Incenso: Limpeza em geral, destrói as larvas astrais. Aliado a outros elementos potencializa os efeitos dos mesmos.
Jasmim: Acalma e ajuda a evitar brigas e desentendimentos, aclara as idéias. Melhora humor, amor, cura.
Laranja: Amor, dinheiro.
Lavanda: Cura, amor.
Levante: Abre os caminhos do ambiente.
Limão: Amor.
Lótus: Antidepressivo, usado no trabalho de resgate do equilíbrio de energias, calma e paciência.
Louro: Abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente. Negócios, adivinhação, proteção, força, saúde. Atrai a corrente de caboclo.
Madeira: Estimula a razão. Aumenta a concentração necessária ao trabalho, estudo e meditação.
Madressilva: Desenvolve a intuição e a criatividade, favorece também a prosperidade.
Manjericão: Amor, purificação espiritual, proteção. Chama dinheiro.
Maracujá: Paz, amizade.
Menta: Melhora o estado de atenção. Indicado para dores de cabeça, mas se for usado em demasia pode alterar o sono.
Mil Folhas: Exorcismo, amor
Mirra: Facilita o contato com os planos superiores, criando no ambiente uma atmosfera de prece e oração. Usado para limpeza astral da casa, afasta maus fluidos e estimula a intuição. Poderoso no equilíbrio das funções do corpo, balanceando o físico e o espiritual. Descarrego forte, afasta maus espíritos. Boa sorte, meditação, cura e proteção. Incenso sagrado usado para limpar após os rituais, e durante eles. Também é usado quando se vai se desfazer alguma demanda ou feitiço. Faz vibrar a compaixão
Morango: Amor, sorte.
Narciso: Cura, sorte, fertilidade.

Noz Moscada: Adivinhação, fertilidade.
Olíbano: Cura, purificação.
Oliveira: Paz, fertilidade e proteção.
Palha de Alho: Usado para eliminar formas negativas de pensamentos obsessivos. Afasta más vibrações e maus espíritos.
Palha de Cana: Atrai melhores condições.
Patchuli: Cura a apatia, estimula o amor. Diminui a confusão e indecisão. Aguça a inteligência. Clarividência.
Pinho: Atrair encantos, fertilidade.
Pó de Café: Contra entidades negativas. Elimina formas pesadas de pensamentos e pesadelos. Benéfica para doentes em recuperação.
Rosa: Amor, espiritualidade, adivinhação, fertilidade.
Rosa Branca: Paz e harmonia
Sabugueiro: Purificação

Sálvia: Cura, contra feitiços, sabedoria, realização de desejos.
Sândalo: Amor, adivinhação, purificação.
Sangue de Dragão: Purificação.
Sésamo: Ajuda a atrair amigos, clientes e dinheiro. Estimula a criatividade e alegria.
Trigo: Fartura, dinheiro, fertilidade.
Urtiga: Exorcismo, proteção, saúde.
Uva: Fertilidade, dinheiro, fartura.
Verbena: Afasta a tristeza, negatividade e melancolia, libera de energias negativas trazendo criatividade, desenvoltura, alegria e bom astral. Meditação, amor.

Vetiver: Aliado para meditação, inspirador e calmante.
Violeta: Afrodisíaco, meditação, espiritualidade.

Incenso e “incenso”
Existe uma resina chamada incenso e os “incensos” em varetas.
O Incenso é uma resina gomosa que brota na forma de gotas da árvore Boswellia Carteri, arbusto que cresce espontaneamente na Ásia e na África. Durante o tempo de calor e seca são feitas incisões sobre o tronco e ramos, dos quais brota continuamente a resina, que se solidifica lentamente com o ar. A primeira exudação para nada serve e é, pois, eliminada; a segunda é considerada como material deteriorável; a terceira, pois, é a que produz o incenso bom e verdadeiro, do qual são selecionadas três variedades, uma de cor âmbar, uma clara e a outra branca. Como defumar e descarregar sua residência e o seu local de trabalho. Às vezes sentimos que o nosso lar ou nosso local de trabalho, estão pesados, inúmeras brigas e discussões acontecem a toda hora, nada dá certo, uma impaciência toma conta, do nosso ser. O ar está carregado com partículas de fluídos negativos que aos poucos vai envolvendo cada um, e tornando as coisas mais difíceis.
Temos primeiro que mudar em atos, gestos e pensamento, afastando de nossas mentes aquela corrente que nos liga a estas energias. O descarrego destrói as larvas astrais, limpando o ambiente das impurezas, facilitando assim a penetração de fluídos positivos. Comece varrendo o lar ou o local de trabalho, e acendendo uma vela para o seu anjo de guarda. Depois, levando em uma das mãos um copo com água, comece a defumar o local da porta dos fundos para a porta da rua, que ao final deve ser despachado em água corrente. Podem-se usar as ervas em sua forma natural, em pó ou em pequenos pedaços moídos, em forma de casca miúda, etc. Para se queimar essas ervas, usa-se normalmente um recipiente chamado turíbulo.
Turíbulos são recipientes de metal ou barro usados para queimar o incenso. Na Umbanda, usam-se nas giras ou sessões públicas, o turíbulo como na figura ao lado. Para queimar as ervas usam-se normalmente o carvão vegetal. Lembrando sempre que o carvão vegetal deve estar em brasa e nunca em chamas. A quantidade de incenso que queira queimar deve ser proporcional ao tamanho da sala e ao número de pessoas presentes. Para isso somente através da experimentação descobriremos a quantidade certa. No caso da defumação, é melhor pecar pela
escassez, pois assim poderemos ir adicionando um pouco mais conforme a fumaça for diminuindo, do que acrescentar e sufocar pelo excesso (e isso pode ser até perigoso).

Como Defumamos o Terreiro.
Começamos nos defumando ainda com as cortinas ainda fechadas, não esquecendo de defumar nossos fios de conta (guias) antes de coloca-las no pescoço. Primeiro defumamos o gongá; em seguida os atabaques e a coluna energética; depois se cruza o terreiro de um canto até o seu oposto,
em diagonal; depois defuma-se a assistência. Por fim são defumados os demais pontos vibracionais do terreiro (caboclo, cruzeiro, etc.), sendo o turíbulo deixado junto ao portão no final da defumação. Durante todo o processo a pessoa que defuma é acompanhada por outra que leva um copo de água, que ao final é despachada e substituída por água limpa.

Ingredientes do Defumadores, geralmente usados nos terreiros:
A base são os seguintes elementos:

Alecrim: Defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias. Afasta maus espíritos e ladrões. Felicidade, cura, proteção, purificação e justiça. Ajuda na recuperação e no tratamento de doenças. Atrai a falange dos Caboclos. Proteção na área profissional. Estimulante para concentração, adivinhação, memória e estudos.
Alfazema: Limpa o ambiente e atrai prosperidade e bons negócios, bem como pessoas amigas. Acalma, purifica e traz o entendimento, equilíbrio e harmonia. Amor, sorte e proteção espiritual em todos os aspectos. Favorece a clarividência
Benjoim: Elimina bloqueios espirituais Atrai energias positivas e combate energias negativas. Purifica o ambiente. Harmoniza nosso raciocínio e diminui a nossa agressividade. Destrói as larvas astrais. Elimina bloqueios espirituais.

Para pedidos de ajuda a deus.
Mirra: Facilita o contato com os planos superiores, criando no ambiente uma atmosfera de prece e oração. Usado para limpeza astral da casa, afasta maus fluidos e estimula a intuição. Poderoso no equilíbrio das funções do corpo, balanceando o físico e o espiritual. Descarrego forte, afasta maus espíritos. Boa sorte, meditação, cura e proteção. Incenso sagrado usado para limpar após os rituais e durante eles. Também é usado quando vai se desfazer alguma demanda ou feitiço. Faz vibrar a compaixão.
Incenso Limpeza em geral, destrói as larvas astrais. Aliado a outros elementos potencializa os efeitos dos mesmos. Às vezes acrescentamos uma ou mais das ervas abaixo:
Louro Abre caminho: chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente. Negócios, adivinhação, proteção, força, saúde. Atrai a corrente de caboclo.
Anis Estrelado: Propicia boas amizades, bons caminhos, paz e triunfo. Adivinhação, purificação, sorte, amor. Atua tanto no nível material quanto no emocional, produzindo estímulo de natureza positiva. Renova as energias e atrai proteção espiritual contra qualquer mal.
Palha de Alho: Usado para eliminar formas negativas de pensamentos obsessivos. Afasta más vibrações, Afasta maus espíritos.


Presente para o espírito

A Tenda Espírita Pai Mané de Aruanda está muito feliz e honrada de ter recebido um presente tão lindo e verdadeiro das nossas amigas, de muitos anos, Camilly e Larissa Mattos. Este presente, neste momento faz os nossos corações pularem de alegria, pois estamos sentido muita falta de colocar os nossos pés dentro do terreiro e receber nossos amigos para um passe, um abraço e uma palavra amiga. Que Oxalá, os Orixás e todas as entidades cubram essas meninas lindas com muito amor. Gratidão por estarem conosco e fazerem parte da família TEPMA.

Gente! Assistam este vídeo que as meninas fizeram e digam se não é lindo!!!

Dizer poético da Umbanda 2

Comecei um programa semanal – todas as terças-feiras – declamando alguns pontos, cantigas, músicas (como denomina meu amigo Marcos Andrade) de Umbanda. Como não sei cantar, declamo. Espero que seja bom para todos nós. O primeiro foi na semana passada e o de hoje, segue o link para o Instagram:

Não ignore o que acontece dentro de você.

heart in woman hands, be loving and generous, background for valentines day, loving hands,

Ser espiritual não significa que você não possa ficar nervoso, não possa ficar triste, ou tenha que ter fé e confiança o tempo inteiro. A perfeição imposta, é um devaneio… Você não é mais espiritual por simular ser perfeito e nunca se incomodar com nada . Você não precisa estar bem todos os dias. Você não é menos espiritualizado porque sentiu medo, raiva, frustração ou qualquer outro sentimento de baixa vibração que fuja da sua essência…
Não saia de uma ilusão para cair em outra!

Pessoas boas também ficam estressadas, também sentem raiva, também erram, também possuem defeitos e tudo bem. Não negue a humanidade que existe em você!
Muitas vezes, você deve ir aos seus infernos, se por frente a frente com seus demônios, se encontrar com a tua dor.

Exteriorizar, chorar e gritar, quando se sentir impotente para resolver algo que foge ao seu alcance, é normal, é humano.

Aceite o seu lado vulnerável, seu cansaço, sua apatia, seu desânimo,suas frustrações e impotência.

Quer aumentar sua Luz?

Primeiro, vá conhecer a sua sombra. Até que você não faça as pazes, com tudo o que você é, você não vai se conhecer. Só depois de se conhecer você poderá escolher o que quer ser.
Ninguém se torna iluminado por imaginar figuras de luz, mas sim por tornar consciente a escuridão. O problema é que a gente insiste em se boicota
r.

Não ignore o que acontece dentro de você.

As dores e as emoções que você sente, são mensageiras, escute-as !
Aprenda a se observar e entender quais são as coisas que te afetam emocionalmente. Tenha consciência das suas emoções e sensações, para a partir daí, cuidar do que precisa ser cuidado.
Aí está a divindade do autoconhecimento. Atingir o divino a partir da sua humanidade
.

Ser humano, vivenciando, experimentando, sentindo, observando, transformando e evoluindo na carne para o divino.

Aprendendo, crescendo e se permitindo ser quem é, com erros e acertos mas nunca fugindo de princípios como: fé, amor e caridade. Esse foi o caminho que escolhemos para praticar. Nossa amada Umbanda. Nossa terra, nosso fogo, nosso ar e nosso mar !

Texto atribuído a Fraternidade Branca

Ame o Amor

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Os meus pais fizeram da Umbanda uma extensão das suas vidas, meu pai o primeiro dirigente da Tenda e minha mãe sua continuação acreditam fortemente no amor incondicional. O amor que transborda e não faz nenhum tipo de restrição. Levam como lema de vida, o próprio lema da Umbanda: a manifestação do espírito para a prática da caridade. Nós, seus filhos canais e espirituais, incorporamos o amor e a caridade, essas duas energias estão dentro de nós, embora sejamos ainda imperfeitos, mas vemos nos outros seres, potências divinas. Minha mãe criou para si e para todos nós um lema “AME O AMOR”, papai também já o tinha adotado antes de partir para Aruanda. Por isso, nesse final de ano, nossa mensagem será sessa:

AME O AMOR

BOAS FESTAS

FELIZ 2020

Saravá!

Crianças com Oxalá

Apesar do nosso dirigente continuar resistindo no Hospital, não deixamos de fazer o Natal das Crianças com Oxalá, mais uma etapa concluída. Retomaremos nossas atividades dia 19 de janeiro com a gira de homagem a Oxóssi e esperamos que nosso Pai Ivo de Carvalho já esteja de novo conosco. 

O dia de ontem, mesmo triste, foi recompensador e reconfortante. As crianças participaram de oficinas, roda de leitura, brincadeiras e desfrutaram de um almoço delicioso, com direito a sobremesas maravilhosas. 

Agradecemos a todos os padrinhos e madrinhas, além do corpo mediúnico e a assistência da Tenda que não mediu esforços para que a festa fosse realizada com muito carinho e amor.

Salve as crianças!

Saravá

 

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Amor puro – Puro amor

Sessão de ontem, 29/09/2018

Amor puro!

Como nossa gigante mãe Helenice diz, precisamos amar o amor. Mãezinha estamos nos esforçando, têm sido tempos difíceis mas o amor há de vencer. Caridade é uma soma de suprimentos físicos e espirituais, pois nem só de pão vive o homem, mas saco vazio não para em pé, a caridade física é igualmente necessária a espiritual. Aqui você é ouvido, acalentado, acarinhado, orientando a cerca das suas dificuldades, aqui não se faz o milagre do seu amor em 3 dias, do seu emprego garantido, da saúde imediatamente restabelecida. Aqui o milagre é do entendimento, da compreensão que Deus tem planos pra nós que fogem ao nosso controle, é apoio, é abraço, e força pra continuar em frente sem perder a fé. Obrigada Oxalá por me guiar até aqui. Sempre em meu coração Ivo Carvalho tia Helenice e todos os irmãos.

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Qual a ligação de Santo Antônio com Exu?

“Santo Antônio mandou

Santo Antônio é quem manda

Santo Antônio mandou

Exu Sete Estradas firma nossa banda”

Assim começa o ponto do Exu que comanda a Gira de Descarrego na nossa Tenda e no final pede licença… 

“Com licença de Ogum 

E de meu Santo Antônio 

Ele vem trabalhar”

Não é uma licença para chegar  e ficar, mas é para trabalhar e evoluir. Em uma escala hierárquica, Exu é a entidade mais perto dos humanos. Sim, na Umbanda Exu é entidade,  teve matéria encarnada, já no Candomblé ele é um Orixá. Quando se diz que é a mais perto dos humanos, talvez explique o fato de sua ligação com Santo Antônio, o “santo casamenteiro” como se apresenta popularmente o santo.

Se, por um lado,  Exu é a energia de ligação do mundo dos humanos com as esferas espirituais, é a entidade que realiza a limpeza mais densa, aquela que resolve os problemas “pesados”, a que constrói pontes, estradas, vias de passagens simbólicas amenizando as mazelas da humanidade; por outro,  Santo Antônio também está muito ligado aos humanos, um dos santos mais populares da Igreja Católica, quando em vida, um excelente orador, deixou todos os bens materiais para se dedicar aos mais necessitados, não se conformava com a desigualdade que existia, o que pode também ser atribuída a sua ligação com Exu. Ambos com o poder da palavra que encanta, ensina, ajuda, fortalece, ameniza, transfere, abre caminhos, (principalmente os relacionados as questões amorosas). Mas não é só a energia da abertura e do amor que essas duas figuras representam; no campo simbólico, elas cumprem um papel fundamental o de religar os seus adeptos ao seu eu interior, a sua divindade pessoal e a Zambi, Deus, como preferirem. Tanto Exu como Santo Antônio constroem pontes, saídas ligadas à energia amorosa, que carece muito nos dias atuais. Os dois entendem as aflições, os conflitos e as lutas humanas. E, com sua palavra mais próxima, podem aconselhar, afagar, curar. Embora seja uma das entidades mais brincalhona dentro dos Terreiros de Umbanda, Exu é sério no seu trabalho, trabalha em conjunto com outras entidades e com os Orixás, no caso Ogum que o concede a permissão de chegar e prestar a caridade. Exu NÃO é Lucifér, não é Diabo, essa figura do anjo caído não existe nas religiões de matrizes africana, assim como Santo Antônio também não traz essa ligação.

Enquanto a Igreja Católica, no mês de junho, saúda os Santos Antônio,  João e Pedro, as casas, as tendas e os terreiros de Umbanda saúdam Exú e Xangô. 

Exu e Santo Antônio são: fé,  poder, equilíbrio,  trabalho, esperança, encanto, caridade, bondade, solidariedade, sensibilidade, reciprocidade  e amor. 

Laroyê,

Exu, é Mojibá!

Salve Santo Antônio!

Nossa homenagem e festa para Exu será no próximo sábado dia 16 de junho. Venham comer o pãozinho de santo Antônio e pular a fogueira!

Segue o vídeo do ponto cantado pelo seu compositor e nosso dirigente Ivo de Carvalho.

 

 

Texto: Sylvia Helena de Carvalho Arcuri

História de um Preto-velho

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Texto retirado da página do facebook: Em Defesa da Umbanda

Tudo começou na pequena Paranapiacaba, uma vila pitoresca, com arquitetura e clima que lembra as cidades inglesas do século XIX e destinada à moradia dos trabalhadores da Rede Ferroviária Federal.

As casas – algumas mais simples (onde moravam os trabalhadores mais humildes), outras mais requintadas (que abrigavam os engenheiros da ferrovia, os verdadeiros mandatários da empresa) – eram de madeira, pintadas de um tom entre o vermelho e o marrom, enquanto as de alvenaria, mais simples, eram pintadas de cal com um pigmento amarelo.

Parece que esses detalhes imprimiam um aspecto ainda mais melancólico ao local.

Mas a casa onde dona Lidia morava não se encaixava em nenhum desses quesitos.

Era uma casa extremamente humilde, de madeira, já bem úmida e surrada pelo tempo, a última casa da rua abrigava a boa senhora, o marido e o casal de filhos.

Os fundos do quintal davam para a mata fechada, que era bela, mas trazia alguns problemas, tais como a invasão de animais indesejados (cobras, morcegos, sapos), além de causar uma sensação de insegurança bastante justificável – tipos suspeitos costumavam se esgueirar por aquele local, sabe-se lá com qual finalidade.

Tudo isso deixava dona Lidia apreensiva, pois seu marido, seu Sergio, saía para trabalhar antes do amanhecer e só voltava ao cair da tarde.

Isso a fazia sentir-se refém da situação, junto aos filhos, durante todo o dia.

Em uma triste ocasião, um vizinho maldoso tentou arrastar a filha do casal para o matagal, com as piores intenções.

Só não conseguiu seu intento porque outros moradores perceberam o movimento e agiram a tempo.

A vila era pequena e existiam algumas casas, melhor localizadas, que estavam desocupadas.

Dona Lidia sempre pedia ao marido que solicitasse junto à sua chefia uma outra moradia, mas ele sempre retornava dizendo que o pedido havia sido negado.

Numa atitude de desespero, sem que o marido soubesse, ela pegou os dois filhos e foi São Paulo, tentar conversar com o superintendente da RFFSA.

Após horas de cansativa espera foi atendida. O engenheiro a recebeu bem, ouviu a sua história, mas cordialmente disse que não atenderia o seu pedido.

Explicou que seu Sergio era um excelente profissional e dentro da empresa somente ele dominava a técnica de desenhar manualmente (naquela época era assim) as letras que identificavam os vagões. 
No entanto, por ser consciente disso, era um tanto abusado em seu comportamento.

Desrespeitava a hierarquia da empresa, não cumpria corretamente seu horário de trabalho, brigava, discutia com os superiores, enfim, era bom no que fazia, mas não era merecedor de privilégios devido ao mau comportamento.

Dona Lidia foi embora arrasada, deprimida.

Precisava sair daquela casa a qualquer custo.

Sentia um nó na garganta, mas segurou o choro para não abalar as crianças.

Resolveu então visitar uma cunhada que morava ali perto, a fim de desabafar um pouco.

Chegando lá, falou sobre sua angústia e a cunhada, percebendo que ela não estava bem, convidou-a a ir até uma vizinha que era benzedeira.

Lá chegando foram prontamente atendidas e a senhora incorporou uma entidade que se identificou como o preto velho Pai João Benedito.

O bom espírito deu um passe em dona Lidia e seus filhos e, depois de falar palavras de conforto, disse:

“A fia pode ficar sossegada, esse preto velho vai ajudar a fia a conseguir o que precisa”.

Dona Lidia voltou para casa mais leve, já conformada em ter que viver naquela casa velha, úmida e sem segurança.

Mas ao menos sentia que estava protegida espiritualmente.

Algum tempo se passou e a conversa com o preto velho já estava caindo no esquecimento, afinal, como um espírito de um escravo poderia interferir na mudança de uma casa?
.
Uma noite, seu Sergio adormeceu assistindo à TV junto com a filha no sofá da sala.

Dona Lidia cansada do trabalho diário, foi para a cama e colocou o filho mais novo na cama (a casa era tão pequena que todos dormiam no mesmo quarto).

Quando estava quase adormecendo ouviu barulho vindo da janela do quarto.

Seu medo foi tamanho, que ficou paralisada: não conseguia se mover ou gritar pelo marido.

Seu medo aumentou quando lembrou que a cama em que o filho pequeno dormia ficava logo abaixo da janela.

Ainda paralisada e apavorada percebeu a janela se mexer e viu que lentamente alguém a levantava.

Em poucos minutos o ladrão estaria dentro do quarto e, pior que isso, poderia fazer o pequeno menino de refém.

Os poucos segundos pareceram uma eternidade.

Quando enfim a janela estava aberta, um homem negro, de cabelos levemente grisalhos enfiou a cabeça pela janela e olhou diretamente nos olhos de dona Lidia.

Foi nesse instante que ela saiu daquele torpor e conseguiu gritar por socorro. Seu marido acordou assustado e veio correndo.

Nisso o negro soltou a janela, que desceu com violência, quebrando todos os vidros, e sumiu no mato.

A polícia foi chamada e vasculhou todo o matagal sem encontrar qualquer indício do invasor.

A janela mostrava os sinais de arrombamento e, felizmente, os cacos de vidro não causaram sequer um arranhão no pequeno menino que fora atingido pelos estilhaços.

Se tratando de uma vila pequena, o caso se tornou conhecido de todos os moradores.

Todos comentavam sobre a casa no matagal, que expunha seus moradores aos mais diversos riscos.

Diante da situação, os mandatários da RFFSA ficaram preocupados, pois se algo mais grave acontecesse, especialmente às crianças, eles poderiam ser responsabilizados.

Trataram então de ceder uma nova moradia à dona Lidia e sua família, num local mais tranquilo e seguro de Paranapiacaba.

A casa velha e úmida foi demolida. Ninguém mais sofreria nela.
A mudança foi feita. Na nova casa dona Lidia iniciou uma nova vida, mais tranquila e feliz.

Algum tempo depois visitou a cunhada e novamente foi convidada a “tomar um passe” com aquela mesma benzedeira, que de novo incorporou a doce figura de Pai João Benedito.

Após breve conversa, o velhinho perguntou a dona Lidia:
-“A fia está feliz na casa nova?”

Ela respondeu que sim e começou a relatar o ocorrido, quando tentaram invadir a casa, porém foi interrompida pelo preto velho, que disse:

“-Não precisa contar, não fia… eu sei o que aconteceu. 
Quem levantou aquela janela não foi um ladrão e nem alguém que queria fazer mal para você e sua família.

Fui eu que estive lá.

Com a confusão que causei os homens que mandam acharam melhor dar uma casa nova para a fia morar”.
Dona Lidia ficou sem palavras, então o preto velho continuou, dizendo que a acompanharia e sempre que precisasse, para chamar pelo seu nome.

Pediu também que ela não esquecesse de colocar um cafezinho para ele todos os dias. 
Assim ela fez até o último dia de sua vida.

O filho de dona Lidia, depois de adulto, iniciou-se na Umbanda.

Aos poucos foi desenvolvendo sua mediunidade e recebendo suas entidades.

Quando o seu preto velho se manifestou pela primeira vez, perguntaram seu nome, ao que prontamente ele respondeu:
Sou Pai João Benedito, um nêgo veio que trabalha humildemente na Umbanda.

Acompanho esse cavalo desde que ele era um cabritinho.

A mãe dele foi sempre grata e fiel a mim, nunca se esquecendo de me oferecer um cafezinho num cantinho discreto da sua casa.

Agora eu vim para dar continuidade ao meu trabalho de caridade através desse menino, que eu conheço tão bem e que tantas vezes já orientei e protegi sem que ele nem percebesse.

Assim é a Umbanda: usa de meios que num primeiro momento não entendemos, usa métodos que até duvidamos, mas que sempre objetivam o nosso bem.

Assim são os pretos velhos: trabalham discretamente, de maneira sábia e humilde, sem pedir nada em troca, no máximo um cafezinho, que serve mais para reavivar nossa fé do que para qualquer outra coisa.

Salve Pai João Benedito.
Adorei as almas.

Fonte:Casa da Vovó Maria Rosa
Douglas Fersan