Dizer poético da Umbanda – Vovó Catarina da Bahia

Composição: Ivo de Carvalho

View this post on Instagram

Vovó Catarina da Bahia Composição: Ivo de Carvalho

A post shared by Sylvia Arcuri (@sylvia_arcuri) on

Dizer poético da Umbanda 1

Esse foi o primeiro dizer e começamos com a música composta por Marcos Andrade – Caveira.

Umbanda com som tecno

Federico Puppi entra no palco ao som de Nessum Dorma, cantado pelo Tenor Luciano Pavarotti. O clima está dado e feito. Já sabíamos que seria um ESPETÁCULO de primeira linha. O italiano mais brasileiro que conheço, passeia pelos ritmos e sons brasileiros com tamanha maestria, que sensações invadem nossos espíritos, ora sentimos estar à beira do mar, ora dentro da floresta desfrutando de todos os deleites que a natureza desse país proporciona. Escutamos samba, embolada, xaxado, xote, chorinho, maracatu em sintonia e misturado com a música clássica, já que quem dava as ordens era o violoncelo, o artista principal em cena. Não bastasse tudo isso, Puppi convidou Laila Garin que cantou, lindamente Cazuza e Milton Nascimento, trazendo, dessa vez para o palco a presença de Marielle Franco, sempre presente. Para platéia,em êxtase, o show podia terminar aí, nesse momento, mas que nada, ainda fomos brindados com mais surpresas. O instrumentista Suave, que tocou um instrumento parecido com um berrante, encheu o palco com a cor e os espíritos dos nossos ancestrais indígenas, a floresta gritava todos os seus seres mágicos, Uirapuru, vitoria régia, Curupira, Saci, Boto cor de rosa, todos os seres encantados que habitam esse locus. Para terminar, posso dizer, o clímax do espetáculo, surgiu a ancestralidade africana encarnada no ponto de Ivo Carvalho , Clareou, que foi recepcionado por Federico e seu violoncelo desde a platéia ao palco. Não podia ter sido diferente, Estrela do Oriente espalhou sua luz divina por todos que ali se encontravam, por todos os cantos, até os mais escondidos do teatro, da bilheteria até a coxia a energia se fez presente, platéia emocionada com tamanha entrega de duas almas altruístas, Federico e Ivo, cantou o ponto de Umbanda com fervor. Ficamos e ainda estamos degustando cada nota emitida pelo violoncelo do artista e só podemos dizer gratidão, gratidão, gratidão… Que sua luz siga brilhando, sucesso sempre. E ao meu pai, Ivo, só me resta pedir, humildemente, a sua bênção.

Ficam as palavras do Federico que estão no encarte do CD Marinheiro de terra firme, “Obrigado, Ivo de Carvalho. Sua forja e sua generosidade são um norte”

Este slideshow necessita de JavaScript.

Fotos: Tony Alves

Brado de Xangô – Tião Casemiro

Para um ano pesado, como está sendo 2018, nada melhor que a justiça de Xangô.

Que se faça justiça por todos e por todo mundo.

Kaô Kabiecile.

Ponto Brado de Xangô do nosso dirigente Ivo de Carvalho, interpretado por Tião Casemiro.

Caboclo Pena Branca

Aldeia do Caboclo Pena Branca

Palavras do nosso dirigente:

Em junho de 1985 fui agraciado com uma intuição para escrever a letra da cantiga do Caboclo Pena Branca.

Participação especial do Ogã Jorge Coelho

Gostaria de esclarecer que TODOS os pontos de Ivo de Carvalho são registrados. Eles podem ser cantados nos terreiros, nos centos, nas tendas, nos eventos de Umbanda, mas para comercializá-los só com a permissão do autor.

Letra do Ponto

Que lindo brado eu ouvi naquela aldeia
Naquela aldeia numa noite de luar
Era um caboclo que vinha chegando
Com sua flecha, seu bodoque e seu cocar

Que lindo brado eu ouvi naquela aldeia
Naquela aldeia numa noite de luar
Era um caboclo que vinha chegando
Com sua flecha, seu bodoque e seu cocar

Mas ele veio no clarão da lua
Iluminado por pai Oxalá
Ele é caboclo
Ele é guerreiro
Ele seu Pena Branca
Ele é o rei do Panaiá

 

Sarau de Umbanda, Curimbas e Axé

Mais uma vez meu Pai Ivo de Ivo Carvalho será homenageado Junto com seu amigo José Carlos de Oxossi, em um sarau promovido por Carlos Leonardo Souza.
Acho essas iniciativas muito importantes. Receber homenagem vivo é muito bom!
Que puder comparecer. Nós estaremos lá.

15902550_1215525218555575_238639783_o

Mironga de Preto-Velho

Por: Nerita Oeiras, em 13/05/2016

Tem só uma festa religiosa da qual eu realmente gosto, e é a de hoje. Dia de celebrar os pretos velhos, entidades da Umbanda que nos ensinam a paciência, a sabedoria, a necessidade de uma vida mais calma e mais pausada. Eu sempre tive muita afinidade com pretos velhos (com pessoas idosas também), e tem duas coincidências muito legais nisso. A bebida dos pretos velhos é o café, e eu acabei trabalhando nesse mercado. E quando eu cheguei na minha casa no Equador, numa parede tinha (ainda tem), uma foto de uma preta velha, fumando um cachimbo.

Convido vocês, amigos, para no dia de hoje tomar uma pausa para um cafe, para respirar fundo, para contemplar o céu, receber o vento no rosto e agradecer pela vida!

Os deixo com um vídeo de Tião Casemiro interpretando um ponto composto pelo meu avô Ivo Carvalho. Amanhã comam um amalá de preto velho por mim!!! 😀