Presente para o espírito

A Tenda Espírita Pai Mané de Aruanda está muito feliz e honrada de ter recebido um presente tão lindo e verdadeiro das nossas amigas, de muitos anos, Camilly e Larissa Mattos. Este presente, neste momento faz os nossos corações pularem de alegria, pois estamos sentido muita falta de colocar os nossos pés dentro do terreiro e receber nossos amigos para um passe, um abraço e uma palavra amiga. Que Oxalá, os Orixás e todas as entidades cubram essas meninas lindas com muito amor. Gratidão por estarem conosco e fazerem parte da família TEPMA.

Gente! Assistam este vídeo que as meninas fizeram e digam se não é lindo!!!

Dizer poético da Umbanda 1

Esse foi o primeiro dizer e começamos com a música composta por Marcos Andrade – Caveira.

Iansã – Deusa do vento

Iansã é mudança, fogo, movimento, deslocamento.

Deusa do vento, dos raios, das tempestades e mensageira de Oxalá.

Guerreira, impulsiva e mãe do céu rosado.

Sua morada é o bambuzal, enverga, mas não quebra.

Eparraei Oyá!

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Ponto de Iansã na voz do grande Sebastião Casemiro

Clareou – Rita Benneditto – Yamí – Federico Puppi e Marco Lobo

“Luz divina, minha luz é Estrela do Oriente…”

Clareou

Um dia, numa conversa com papai  sobre as músicas de Umbanda não serem tão divulgadas, como as das outras religiões, chegamos ao nome de Rita, que naquela época era Ribeiro e cantava o que se chamava TechnoMacumba. Comentei:

– Já pensou pai, se um dia a Rita canta um dos seus pontos?

-Será?

– Quem sabe o Brado de Xangô. A gente pode enviar pra ela, quem sabe…

– Seria uma honra.

Alguns anos se passaram, papai conheceu a Rita quando foi gravar seu ponto Clareou que faz parte do CD de Federico Puppi – Marinho de terra firme. E hoje, no show Yamí,  Rita Benneditto, cantou Clareou com Federico e Marco Lobo, mamãe foi convidada ao palco e eu nem sei como consegui gravar esse vídeo, de tão nervosa, saudosa e orgulhosa de ter tido Ivo de Carvalho como pai e guia espiritual. Posso dizer com todas as letras – MEU PAI DEIXOU UM LEGADO PARA OS SEGUIDORES DA UMBANDA. 

Gratidão Yamí e Rita Benneditto.

 

 

 

 

Mabaça – Os gêmeos em nós

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Texto de Sid Soares

Esse é o mês das crianças dentro da Umbanda, se no 13 de maio sobe aos céus do país uma energia de liberdade e gratidão, hoje os terreiros e tendas são fontes de riso, alegria, da inocência e pureza que nos religa a Deus. São Cosme e São Damião nas imagens mais conhecidas e os santos Crispim e Crispiniano que são reverenciados no mundo todo e aqui mais ainda, onde há um santo para cada dor, para cada prece encerrando esse ciclo no dia 25 de Outubro. Não por acaso a Umbanda é sustentada por um triangulo de forças divinas que representam as três fases da vida humana, assim temos o Preto Velho, o Caboclo e por fim o Erê, e ser envolvido por este triangulo é ter a certeza de precisamos seja qual for a fase da vida termos a humildade e sabedoria, a vitalidade e firmeza com a serenidade, e a esperança e a fé.Os santos gêmeos católicos São Cosme e São Damião nasceram na Arábia, eram filhos de Teodata e curavam sem cobrar por isso através de remédios e de orações que faziam aos desenganados. Por esse motivo eram chamados de anárgiros (“ana”desprovido de ou que não aceita e “argiros” prata ou dinheiro). Tinham mais cinco irmãos que no Brasil são representados por Doum, Alabá, Crispim, Crispiniano e Talabi.

O culto aos santos veio para o Brasil trazido pelos portugueses que aqui se misturou ao culto africano aos gêmeos Ibeji na nação Ketu ou Nvuji na nação Angola ( que na Umbanda recebe o nome de Ibejada, linha que compreende espíritos que trabalham na faixa vibratória desse orixá) e se misturou ainda ao deuses gêmeos indígenas, Tamendonare e Aricoute que deram segundo a mitologia, origem aos povos Tupinambás e Temininós.

Nesse rearranjo brasileiro o próprio caruru feito para ofertar aos dois-dois tem origem indígena no alimento chamado caá-riru ou “erva de comer”, que era feito com bredo e que depois ganhou o quiabo pelos africanos.

Com essa mistura toda de crenças o que mais importa é o companheirismo e a alegria que anda tão escassa, que devem ser gêmeos em nós, assim como a fé e a esperança. Erê é uma palavra que significa brincar, e define o caminho entre nós e Orixá, o consciente e inconsciente, e na nossa jornada tão cheia de coisas, de mágoas e descaminhos vamos nos perdendo da brincadeira, dos companheiros, das amizades, dos irmãos.

A gente precisa se reencontrar ou aprender com o nosso gêmeo, que é aquele “eu” que sabia que por mais difícil que fosse, ia passar, que uma gargalhada resolve muita coisa, que uma brincadeira de roda pode curar, e que uma prece feita com esperança e inocência sempre é atendida! Tenha o nome que tiver, o que não dá pra desaprender é o bom e velho levantar depois de um tombo ou um joelho ralado, após uma topada numa pedra, ou o tão esquecido “ficar de bem” por que criança de verdade come doce, não mágoa!

“Filho de fé estava doente
Filho de fé estava chorando
Filho de fé viu Ibejada
Filho de fé já está cantando!”

PRÓXIMA SESSÃO

Nossa próxima sessão:  dia 11 de agosto de 2018.  

 Yemanjá e Caboclos. 

 

Yemanjá

Sincretismo na Umbanda – Nossa Senhora da Glória

Vibração Original de Yemanjá

Conceito: o termo sagrado YEMANJÁ primitivamente era Yemanyarth. Muito mais tarde foi fonetizado como Yemanjá. Mais recentemente outros povos, inclusive os africanos ocidentais, fonetizaram esse termo sagrado como YEOMOEJÁ. Traduzindo esses termos segundo a Coroa da Palavra, através do alfabeto Adâmico, teríamos:

YEMANYARTH  –  POTÊNCIA GERADORAS DAS ALMAS

YEMOEJÁ – YE – MÃE; OMO – FILHO; EJÁ – PEIXE. “MÃE CUJOS FILHOS SÃO PEIXES” – A HUMANIDADE SURGINDO DAS ÁGUAS OCEÂNICAS – PEIXE NO SENTIDO DE FERTILIDADE – SENHORA DA NATUREZA OU FERTILIDADE – A DIVINA MÃE DO COSMO.

YEMANJÁ – O PRINCÍPIO DAS ÁGUAS (“ÁGUAS” COMO FONTE DA VIDA FÍSICA). O ETERNO FEMININO O PRINCÍPIO NATURAL (QUE ATUA NA NATUREZA)

Traduzindo silabicamente, ou por fonemas teremos: 

YE – MÃE; PRINCIPIO GERANTE

MAN –  O MAR; A ÁGUA; LEI DAS ALMAS

YA – MATRIZ; MATERNIDADE; POTÊNCIA CRIADORA

YEMANJÁ portanto traduz

A Senhora da Vida

O Princípio Duplo Gerante

O Princípio Passivo Incriado

A Maternidade Cósmica (no sentido de transformar a Substância Etérica)

Fonte: ARHAPIAGHA, Yamunisiddha.Umbanda a proto-síntese cósmica. São Paulo: Pensamento. 2002

 

Oxum, a padroeira

Por Sid Soares

Dia 12 de outubro, dia de Senhora Aparecida a protetora do Brasil e para nós de Umbanda, um dia consagrado a mãe Oxum, a senhora agregadora, mãe da fertilidade, do ouro e do amor.

Nossa Mãe Oxum é sincretizada com Nossa Senhora Aparecida por vários motivos, as duas são negras e surgiram das águas, uma no rio Paraíba e outra no rio oshun na Nigéria. Ambas são mães da fartura, a Padroeira foi encontrada no rio por pescadores que não conseguiam sucesso, tentavam a todo custo encontrar peixes nas águas e acharam em sua rede o corpo de uma santa e não desistindo encontraram logo depois a cabeça que emergia das águas com uma quantidade enorme de peixes. Isso já nos mostra o quão importante é seguir, continuar sempre e descobrindo meios de desviar, assim como o rio, sem desistir!

Oxum é mãe da fartura assim como farta foi a pesca dos devotos que encontraram a imagem, e muitos só acreditam que essa Iabá é apenas a mãe do ouro e da riqueza em relação aos bens materiais. É sim, mas por quê? Por que onde há Amor tudo prospera, tudo vinga e floresce. Se uma relação é escassa de amor, ela não dura. Se uma empresa não tem o olhar amoroso de quem a lidera ou as mãos gratas dos que ali trabalham, amando o que faz, ela não se sustenta.

O ouro de Oxum é esse, o amor. É a vibração divina do amor, ou seja, a manifestação do amor de Deus por nós se chama Oxum, assim como Maria é a Mãe que chorando a perda de seu Filho, assumiu toda a humanidade em seu ventre.

É errado ser devoto de Oxum e Senhora Aparecida? Não! Todos nós precisamos de mães, somos falhos e vivemos engatinhando pelos caminhos da vida ou tropeçando pelas estradas das emoções e por isso precisamos delas, as mães e de muitas. Mães que continuem conosco quando as nossas vão embora, pois infelizmente, elas vão.

Aparecida é a negra que entendia a dor dos escravos, dos sem rumo e que falava fundo aos mais simples. Oxum é a mãe dos rios e águas doces, dos sentimentos e da fertilidade e não por acaso as duas coisas são mais comuns do que parece! É pelos sentimentos que secamos ou damos frutos, quantas vezes deixamos as mágoas ou decepções secarem nossos sonhos? Quantas vezes renascemos mais fortes como um rio vivo e limpo ao nos sentirmos amados de verdade? E o que sai de nós para o outro é também responsável por tudo que seca ou brota em nossas vidas, se somos mesquinhos nossa vida é também pequena. Se usarmos da piedade para tirar proveito do outro, nada do que conquistamos se mantém.

Oxum chora? Chora sim! Por nossas atitudes equivocadas e Zambi sabe o quanto ainda iremos nos enganar. Mas chora também mostrando o quanto é importante percebermos que somos humanos, precisamos sim chorar, pois não podemos segurar tudo e às vezes a correnteza do rio é muito forte para que nosso barco frágil dê conta de seguir, assumir cansaço não é sinal de fraqueza, mas antes conhecer suas limitações, e não devemos ter medo de sentar a margem desse rio, ou no colo da mãe e descansar.

Mas tão logo possa, coloque seu barco no curso do rio novamente, amar, frutificar e seguir faz parte da vida!

Festa de Ogum e Prêmio Ogum de Malê

Mais um ano estivemos juntos para homenagear Ogum. Além da linda sessão, concedemos o Prêmio Ogum de Malê para Marcelo Tota. Trabalhamos com fé e dedicação para que tudo estivesse em ordem. Vejam as fotos! 

Saravá Ogum!

Saravá Umbanda!

 

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