OS ORIXÁS NA UMBANDA


                   Compartilho a opinião de que a umbanda é uma religião monoteísta, com um deus único que é Oxalá todo-poderoso; não considero válida a ideia politeísta de que os orixás são deuses. Orixá é vibração, energia, magneto, força vibratória. Por esse motivo, referir-me-ei freqüentemente aos orixás utilizando o termo ‘vibração’.

                   Os orixás ou seja, as vibrações que atuam na umbanda são: Oxalá,Ogum, Xangô,Oxum, Iemanjá, Oxossi, Omolu, Nanã, Iansã, Ossâim e Oxumarê. Eles não devem ser confundidos com o Povo da Linha do Oriente, as Falanges de Caboclos, Pretos-Velhos, Exus e Pombas-giras, e a Falange da Ibeijada, que não são orixás.

                   Orixá não é santo. Orixá não foi pessoa, nunca viveu, nunca encarnou, nunca veio à Terra. Mas como toda regra tem uma exceção, na umbanda existe um caso especial, que é Oxalá. Ele é o principal orixá, é Deus todo-poderoso, e está sincretizado com Nosso Senhor Jesus Cristo. Cristo, dada a sua potencialidade mediúnica divina, é considerado orixá, apesar de ter sido mortal (aparentemente), ter tido um corpo, ter encarnado.

AS LINHAS DE UMBANDA

                   Linhas de umbanda são basicamente as vibrações dos orixás, ou seja, as vibrações originais, que são sete: Oxalá, Ogum, Iemanjá, Oxossi, Xangô, Oriente e Omolu. Não há ordem hierárquica entre elas: todas as linhas são iguais, porque todos os orixás são iguais.

                   Algumas dessas vibrações básicas se desdobram originando outras vibrações. Na linha de Iemanjá, por exemplo, enquadramos a vibração de Oxum; na de Oxossi, a de Ossâim; na de Xangô, a de Iansã; na do Oriente, a de Oxumarê; re na de Omolu, a de Nanã e a da Falange dos Pretos-Velhos e Pretas-Velhas.

                   Existem no total 21 vibrações, que são as de Oxalá, Ogum, Xangô Puro, Xangô do Oriente, Oxossi, Linha do Oriente, Omolu, Iemanjá, Oxum, Iansã, Ossâim, Nanã, Oxumarê, Falange da Ibeijada, Falange dos Exus, Falange das Pombas-giras, Falange dos Pretos-velhos e Pretas-velhas, Falage dos Caboclos, Falange das Caboclas, anjo-da-guarda e vibração humana.

                   O anjo-da-guarda não é um espírito. Nunca teve forma humana, nunca encarnou; por isso não se materializa, não age, nem pensa, raciocina  ou se identifica. Também não é um orixá. Ele é uma faixa vibratória, ou seja, um campo de energia que liga o corpo ao espírito. Por isso, é errado e sem fundamento dizer, por exemplo, que “o anjo-da-guarda está virado”. Quando acendemos uma vela para o anjo-da-guarda, o que fazemos é reforçar essa faixa vibratória.

                   A vibração humana é a força interior que todos nós temos. É a energia que possuímos e que se manifesta através da carga energética. É a nossa carga permanente ou etérico, que se desprende no momento do desencarne.

                   SINCRETISMO RELIGIOSO

                   Na umbanda existe o sincretismo, que é a correspondência  entre a vibração (o orixá) e os santos da igreja Católica. Essa correspondência varia um pouco, existindo algumas diferenças entre Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco; por isso, o que importa é a vibração  e não o sincretismo.

                   O sincretismo teve sua origem com a chegada dos escravos no Brasil. Eles trouxeram da África os fundamentos dos orixás e queriam preparar os imãs para atrair as vibrações. Eles tinham vontade de firmar seus assentamentos, mas a tendência dos senhores de engenho para a religião católica não o permitia. Para evitar o choque, já que eram proibidos de cultuar seus orixás, os escravos armaram um artifício que conservamos até hoje nos terreiros de umbanda.Eles fizeram um altar com todos os santos católicos em cima e, embaixo dele, cobertos, colocaram todos os assentamentos. Quando os senhores passavam e viam seus escravos em frente ao altar, pensavam que eles estavam professando a religião católica mas, na verdade, eles estavam puxando as vibrações dos assentamentos. Assim se originou a correspondência entre os orixás da umbanda e os santos da religião católica.

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