Salubá Nanã!


Senhora Santana, mãe de Maria e avó de Jesus Cristo

Segundo a Wikipédia: Nanã Buruku (ou Nanã, Nanã Buluku, Nanã Buru, Nanã Boroucou, Nanã Borodo, Anamburucu, Nanã Borutu), é um nome pertinente a um vodun e orixá das chuvas, dos mangues, do pântano, da lama (barro molhado), senhora da Morte, e responsável pelos portais de entrada (reencarnação) e saída (desencarne). Identificado no jogo do merindilogun pelos odu ejilobon e representado materialmente pelo candomblé através do assentamento sagrado denominado igba nanã.

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“Esposa mais velha de Oxalá, mãe de Obaluaê e Oxumarê, é uma divindade muito antiga, ancestral feminina de todos os Orixás aquáticos.

O termo Nanã é muito utilizado para pessoas idosas e respeitáveis, significando mãe. Rege os pântanos e a lama, mistura de solo e água, simbolizando o contato entre o céu (chuva) e a terra (solo), gerador do húmus (homem), ou seja, a fertilidade. Logo, podemos afirmar que Nanã é o Orixá da chuva, que irriga o solo trazendo boas colheitas e a subsistência. Recorrendo ao livro do Gênesis, percebemos que o princípio da criação se fundamenta nas águas e na terra. Senhora da Vida e da Morte (é dela o barro utilizado por Olorum na confecção do homem e é para ela que essa matéria prima retorna após a morte dele), a grande deusa da lama, dos manguezais e dos abismos, assim como dos girinos, sapos e caranguejos, compõe com Iemanjá, a outra esposa de Oxalá, as mães de todos os filhos do Aiê. 

Nanã é um dos mais respeitados orixás da Umbanda pela valorização do feminino na vida, pois ela nega a dominação do masculino sobre o feminino. Presente nos lodaçais, esse Orixá é o contato entre a terra e as águas, simbolizando a fertilidade e a capacidade de geração. De temperamento calmo, Nanã só se enerva quando ameaçada pela força do masculino e pela tentativa de seus representantes submetê-la a sua dominação. Negando-se a prestar reverências ao símbolo máximo da masculinidade do panteão dos Orixás, Ogum (senhor da guerra, do domínio e propriedade sobre o feminino), Nanã se relacionou sexualmente com Oxalá (outro Orixá masculino) somente porque foi submetida a ele pela magia.

Nanã representa o artesanato de palha e barro das tradições ameríndias, a utilização das fibras vegetais consistentes e renováveis e a busca pelo uso sustentável dos recursos naturais como as madeiras, fibras vegetais, barro cru e pedras. Nesse sentido, Nanã Buruquê se adequa mais aos discursos ecológicos do século XXI do que aos decadentes processos de modernização industrial do século XX. Assim sendo, o feminino reflexivo, independente e alternativo de Nanã pode encaminhar um novo projeto de sustentabilidade socioambiental em várias comunidades, e proporcionar a inclusão de milhares de trabalhadores, notadamente mulheres, que trabalham com as mãos na confecção da vida. 

Por ser o mais velho Orixá feminino, Nanã foi sincretizada, na Umbanda, com Santana, mãe de Maria e avó de Jesus Cristo,  ou seja, a que gerou a Mãe do Salvador, sendo, portanto, a Mãe maior, a avó de todos e é denominada pelo umbandista como Naña Buroquê. 
  • Cor ……………… Roxo
  • Domínios ……….Ribeirões e mangues
  • Atuação ……….. Contra perseguições karmicas
  • Saudação ………Saluba Nanã
  • Elemento ……… Água
Texto escrito por Marcelo Alonso Morais, publicado no site Controversia, segue o link da página http://www.controversia.com.br/index.php?act=textos&id=9553

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