Ontem, 13 de maio, foi data de comemorar a libertação dos escravos e dentro da Umbanda é o dia em que comemoramos essa entidade cálida, querida, conselheira, que chamamos de Preto Velho. Segue um texto de Marcos Andrade, na verdade um ponto feito para o Pai Mané de Aruanda.
Que esse ponto sirva de homenagem a todos os Pretos Velhos e chegue até aqueles que emprestam seu corpo para essa entidade trabalhar.
Preto Velho me disse num sonho “Como fui tristonho na escravidão Trabalhava cansado e suado O solo cultivado à calo de mão Derramei muito prato sofrido Sem ter esquecido o querido país Acordava de noite assustado O meu povo adorado não era feliz Mas se hoje me tratam vovô Eu não posso negar minha fé Minha dor ficou só na lembrança E a tristeza descansa em terras de Guiné” Mironguê ê mirongá Preto Velho é de Mina Angolá Rogo a Deus, Virgem Santa Maria Me livre do dia em que a fé morrer Já não posso seguir tão sozinho Os escuros caminhos me fazem tremer À Umbanda entreguei meu destino Triste peregrino sigo a caminhar Mas se hoje o meu pranto é constante Também é incessante a fé em Oxalá Pois no sonho contigo aprendi Preto Velho me diga quem é “Levo a paz a cada coração Prago pembas na mão Me chamo Pai Mané
li a prece e fiquei emocionada.
Uau!!!!
Que surpresa… e que prazer… e que privilégio reencontrar o meu texto/música quase trinta anos depois de tê-lo escrito, e reencontrá-lo sob tão belas luzes!
Obrigado pela boa vontade de sempre às minhas modestas cooperações; e, confirmando o que se disse, eu também espero que essa canção, inicialmente dedicada ao Pai Mané, alcance a todos os pretos velhos e console a todos os que os incorporam.
Adorei as Almas!!!